De acordo com a Febraban, mais de 36% da população brasileira foi vítima de golpes ou fraudes envolvendo cartões bancários ao longo de 2024. Entre esses crimes, a clonagem ou troca de cartão se destacou, sendo responsável por 44% das ocorrências. Os dados mostram que as principais vítimas dessa modalidade de crime são indivíduos com 60 anos ou mais, que, frequentemente, têm pouca familiaridade com o ambiente digital, tornando-se mais suscetíveis a essas fraudes.
Adicionalmente, 32% das vítimas relataram ter caído no golpe da falsa central de cartões. Outro crime que tem crescido consideravelmente nos últimos anos é a solicitação de dinheiro por meio de aplicativos de mensagem, totalizando 31% dos casos registrados no ano passado.
Força-tarefa para Enfrentar as Fraudes
Para combater o aumento desses delitos, a Febraban, em parceria com o Ministério da Justiça, lançou a Aliança Nacional de Combate a Fraudes Bancárias Digitais. Essa iniciativa, anunciada na terça-feira (18), se concentrará em três áreas principais.
Primeiramente, serão formados grupos temáticos para desenvolver campanhas de conscientização e definir práticas efetivas de prevenção contra fraudes e crimes cibernéticos, com ênfase na segurança da identidade na abertura de contas eletrônicas. O ministro Ricardo Lewandowski destacou a urgência dessa resposta diante do impacto que os golpes têm causado na vida dos cidadãos: “A alarmante escalada desta modalidade de crime, que diariamente vitima muitos brasileiros, ocasiona não só vultosos prejuízos financeiros, como também abala significativamente a confiança dos cidadãos e nossas instituições.”
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, reforçou a importância da colaboração entre o setor público e privado na luta contra os crimes financeiros digitais.
Uma segunda equipe ficará responsável pelo compartilhamento de dados e informações, enquanto o terceiro grupo focará no suporte às vítimas e na capacitação de profissionais do setor financeiro. O projeto prevê a criação de canais de denúncia centralizados e protocolos de atendimento em delegacias para melhor atender os afetados.
Além disso, um comitê gestor será estabelecido para orientar as estratégias e promover reuniões regulares. Haverá, ainda, fóruns bimestrais para acompanhar o progresso das ações das instituições financeiras e monitorar os golpes emergentes.
Orientação às Vítimas
É fundamental que, caso você ou alguém que você conheça tenha sido vítima de algum golpe, procure um advogado de sua confiança. A orientação jurídica pode ser crucial para entender os seus direitos e buscar a reparação adequada.
Golpes Bancários Atingem Mais de 36% dos Brasileiros em 2024, Revela Febraban
